PLANTAGINACEAE

Plantago guilleminiana Decne.

Como citar:

Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Plantago guilleminiana (PLANTAGINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

655.125,625 Km2

AOO:

212,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nas Serras do Sul e Sudeste do Brasil, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Souza, 2012; Souza; Souza, 2002).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?<i>Plantago guilleminiana </i>é uma espécie herbácea ocorrente nos estados do Sudeste e Sul do Brasil. Possui uma extensão de ocorrência de 571.872km². Desenvolve-se em ambientes campestres e de Mata Atlântica. Por possuir ampla distribuição e abundância e ocorrer em áreas protegidas, <i>Plantago</i> <i>guilleminiana</i> é uma espécie menos preocupante (LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Prodr. 13(1): 722. 1852. Espécie similar à P. tomentosa, difere-se por apresentar tricomas delgados, não articulados (Souza; Souza, 2002). Nome popular: "Tanchagem" (Mentz et al., 1997)

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Espécie utilizada para fins medicinais (Silva et al.; Mentz et al., 1997).

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em campo de altitude, campo limpo, floresta ombrófila densa (Souza, 2009); também em savana gramíneo lenhosa (Cervi et al., 2007)
Habitats: 1 Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 2 Savanna, 2.2 Moist Savana, 3 Shrubland, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4 Grassland, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Caracteriza-se por ervas, perenes, terrícolas; coletada em flor e fruto ao longo de todo o ano (Souza, 2012; Souza; Souza, 2002).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original(Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon etal., 2000). As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI(Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996) identificou as causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia; Fundação SOSMata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez, 1998; Tabarelli et al.,2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Rara pela Lista vermelha da flora de Santa Catarina (Klein, 1990).
Ação Situação
4.4.3 Management
Ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Ecológica do Guará, no Distrito Federal, Reserva Florestal Passa Dois, Parque Estadual de Vila Velha e Parque Estadual do Guartelá, no Paraná e Parque Estadual Trilha do Rio Sapucaí, em São Paulo (CNCFlora, 2012).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
Espécie utilizada como antiinflamatório e depurativo do sangue (Silva et al.)
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
O decocto das folhas é usado no tratamento da angina simples superficial e amigdalite (Mentz et al., 1997).